Querido Adolescente,
Somos seres sexuados desde a nascença, biológica e fisicamente. Todo o nosso ser é sexuado, as nossas células, órgãos e funções são sexuados.
A OMS define a sexualidade como uma energia que motiva à procura do amor, da ternura, do afeto e da intimidade, expressa no modo como sentimos, movemos, tocamos e somos tocados. É ser-se sensual e sexual em simultâneo.
Os sexos (masculino e feminino) são complementares, semelhantes e dissemelhantes ao mesmo tempo; iguais em dignidade humana, semelhantes para se compreenderem, diferentes para se complementarem.
A sexualidade influencia os pensamentos, sentimentos, ações e interações. É parte integrante da personalidade, um aspeto do ser humano que não pode ser separado dos outros aspetos da vida nomeadamente, a dimensão física, psicológica, espiritual, emocional, cultural e mental.
Sexualidade não é sinónimo de sexo ou de relação sexual, reduzindo-a aos órgãos genitais isso chama-se genitalidade. A sexualidade engloba o sexo, a identidade, a orientação do desejo sexual, erotismo, prazer, intimidade e procriação.
A sexualidade deve ser orientada para o amar, um amor gratuito, oblativo, desinteressado e no dom total de si mesmo. Está ligada à ideia de felicidade, sentido da vida, responsabilidade, maturidade, alegria e bem estar.
É dom de Deus e no essencial é expressão do amor a Deus a si mesmo e aos outros. Nasce e morre connosco e manifesta-se de diferentes formas ao longo do ciclo vital.
A puberdade marca o início da expressão sexual, relacionada com o aparecimento das características sexuais secundárias, a atração física e impulso sexual. Nesta fase o hipotálamo liberta a hormona gonadotrofina (GnH), que por sua vez faz aumentar a libertação das hormonas LH e FSH, pela glândula hipófise. Esta por sua vez estimula os ovários (meninas) a libertarem 2 hormonas, o estrogénio e progesterona e nos rapazes os testículos a produzirem a testosterona.
A sexualidade é produto de trabalho em equipa das várias glândulas endócrinas (timo, as suprarrenais, a tiroide, os testículos e ovário e a hipófise). A glândula hipófise é a verdadeira rainha da sexualidade, o motor da vida sexual. É através dos órgãos sensoriais (imagens, vozes, olfato, tacto etc) que o córtex cerebral é estimulado e encaminha a informação à hipófise e esta às demais glândulas envolvidas no processo da atividade sexual.
As características sexuais primárias nascem com a pessoa e estão relacionadas com a reprodução. Nas meninas, diz respeito ao desenvolvimento dos ovários, do útero e da vagina; nos meninos, ao desenvolvimento dos testículos, da próstata e produção de esperma.
As características sexuais secundárias estão relacionadas com alterações no tamanho, nas formas, dimensões e composição corporal (quantidade de massa e tecido adiposo); estabelece a capacidade reprodutiva, sendo, portanto, um período de maturação biológica. A maturidade sexual envolve as alterações biológicas, emoções, afetos, comportamentos, atitudes e valores.
Amor e fecundidade são os significados e valores da sexualidade que se incluem e reclamam mutuamente e não podem ser considerados como alternativos ou opostos. A forma de viver o amor e a fecundidade concretizam-se no amor conjugal (matrimónio) ou na castidade como dom de si a Deus e aos outros (tempo de namoro e na vida consagrada)
É errado usar a sexualidade como um deleite, procurando no corpo do outro o prazer reduzindo-o a um objeto que comunica valores unicamente eróticos.
A sexualidade não deve ser norteada pela curiosidade da genitalidade e do interesse egoísta para obter prazer, desviando-a da vontade do Criador. Quando tal acontece, problemas de ordem física, psicológica, moral, social podem ocorrer, nomeadamente as doenças sexualmente transmissíveis, o aborto e gravidez precoce.
Algumas orientações para viveres uma sexualidade saudável:
Para informação adicional sobre a temática pode contactar-nos pelo email
Campanha_CRESCERBONITO_ De mãos dadas com minha adolescência