Família

Querido Adolescente,

 

Segundo o Papa Bento XVI, a família é um bem necessário para os povos e um bem insubstituível para os filhos. É um marco essencial na formação da identidade de cada pessoa.

A família, sendo um complexo sistema de organização com crenças, valores e práticas desenvolvidas, deve buscar a melhor adaptação para a vivência feliz dos seus membros e colaborar com a transformação da sociedade.

Os filhos devem obter da família raízes profundas (valores) e asas robustas (meios para voar e atingir seus ideais).

Para os teus pais, a tarefa de educar um adolescente não é fácil. Uma estrutura familiar funcional, sustentada na fé, no amor, na autoridade, na responsabilidade e respeito mútuos e na gratidão, faz toda diferença na hora de atravessar as turbulências da adolescência.

A vivência da tua adolescência influencia diretamente todos os membros familiares bem como o seu funcionamento. É comum pais e filhos experimentarem sentimentos de insegurança e desinformação, o que pode gerar conflitos, tensões e dificuldades no relacionamento. O diálogo franco e verdadeiro, o respeito e o afeto podem solucionar esses conflitos e facilitar a tomada de decisões e a convivência familiar.

Geralmente, há três áreas que são de difícil abordagem, na relação pais-filhos: os valores, a autoridade e a sexualidade. O pedido de ajuda junto dos pares (outros pais que têm filhos adolescentes), dos educadores e/ou profissionais especializados pode complementar as lacunas com informação e orientações seguras.

Os pais devem assumir posições definidas, estar sempre disponíveis para acolher, ouvir e aconselhar os seus filhos adolescentes. Sempre que possível, mãe e pai devem compartilhar a supervisão e disciplina dos seus filhos.

Famílias extremamente rígidas, com limites impermeáveis, doença crónica de um membro da família, divórcio ou discórdia conjugal, pais com psicopatologia e  existência de irmãos com comportamentos antissociais constituem  fatores de risco para a saúde mental dos adolescentes.

 Já os adolescentes que mantêm uma boa relação com os seus pais e restantes familiares apresentam, geralmente, melhor desempenho escolar e menor probabilidade de se envolverem em violência e atividade sexual precoce.

Vejamos algumas boas práticas para a vivência da adolescência no seio familiar:

 

Para os adolescentes

    • Procura na tua família o suporte necessário nesta fase de transição e vulnerabilidade;
    • Procura confiar nos teus pais. O seu capital de vida oferece a base inicial, a bagagem de regras e normas essenciais para a conduta social, o modelo em atitudes e comportamentos, como ideias a viver;
    •  Reconhece o valor da autoridade dos teus pais e respeita-a;
    • Sê afetuoso com os teus pais e demais familiares, através de demonstrações de afeto, nomeadamente, abraços, beijos, elogios, agradecimentos;
    • Sê colaborante e prestativo. Colabora nas tarefas domésticas, no cuidado aos irmãos mais novos e pessoas mais velhas, nomeadamente, os avós;
    •  Procura seguir o padrão de vida familiar e não exijas dos teus pais o que está fora do seu alcance;
    • Pede desculpa aos teus pais, familiares e educadores, sempre que errares e procura reparar a falha cometida, dando provas de arrependimento.

 

Para os Pais e educadores

    • Saiba construir autoridade com limites e regras (sem autoritarismo). A revolta contra essa autoridade faz parte do processo de amadurecimento;
    • Ensine o seu filho a refletir, a tomar decisões e a assumir responsabilidades;
    • Ensine o seu filho a esperar. Quanto mais ele aprende a esperar, mais resiliente se tornará e maior será a tranquilidade com que ele aceitará a autoridade;
    • Saiba dizer não! Para se amadurecer emocionalmente é necessário aprender a lidar com as frustrações;
    • Aprenda a negociar com o seu filho. Ele aceita melhor as regras, quando percebe seu fundamento;
    • Procure não fazer julgamentos nem comparações entre o seu filho e outros adolescentes ou os seus irmãos. Cada pessoa é única!
    • Estabeleça uma relação empática, procurando posicionar-se no lugar do seu filho para melhor o entender;
    • Mantenha as manifestações de afeto em doses generosas. Abraços, beijos, elogios, agradecimentos e um ombro amigo nunca são demais!
    • Ensine com o seu testemunho de vida. A maneira como os pais vivem, influencia mais do que os seus conselhos;
    • Admita perante o seu filho que você não sabe tudo e, às veze, falha. Nunca é tarde para retomar uma conversa, rever os erros e acertos, pedir desculpas e reconquistar a confiança perdida;
    • Preste atenção ao que o seu filho está a aprender, incentive-o a estudar e a fazer as tarefas de casa e felicite-o nas pequenas vitórias.

 

 

Para informação adicional sobre a temática pode contactar-nos pelo email

crescerbonito22@gmail.com

 

 

Campanha_CRESCERBONITO_  De mãos dadas com minha adolescência

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